Lula defende Moraes e critica EUA: “Fazem barbaridades e nunca critiquei”
Presidente reage a ameaças de sanções dos EUA contra ministro do STF e reforça defesa da soberania e das instituições brasileiras
Lula defende Moraes e critica EUA: “Fazem barbaridades e nunca critiquei”
Durante discurso no Congresso Nacional do PSB, realizado neste domingo (1º) em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, diante de possíveis sanções anunciadas pelo governo dos Estados Unidos.
Lula criticou a postura americana, afirmando que nunca questionou a Justiça dos EUA, mesmo diante de ações controversas. “Eles fazem tanta barbaridade, tanta guerra, matam tanta gente, e eu nunca critiquei. Por que eles querem criticar o Brasil?”, declarou o presidente.
A reação de Lula ocorre após o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciar restrições de visto a autoridades estrangeiras acusadas de “censura a americanos”, sem citar diretamente Moraes. O Departamento de Justiça americano também enviou uma carta ao Brasil, alertando que ordens judiciais brasileiras não são executáveis nos EUA sem reconhecimento prévio.
O presidente brasileiro questionou as críticas à atuação de Moraes, que determinou a suspensão de plataformas como o Rumble por descumprimento de decisões judiciais. “Os EUA querem processar o Alexandre de Moraes porque ele quer prender um cara brasileiro que está lá nos EUA fazendo coisa contra o Brasil o dia inteiro”, disse Lula, sem mencionar nomes.
Lula também enfatizou a importância de fortalecer as instituições democráticas no Brasil e defendeu a eleição de senadores alinhados ao governo em 2026 para garantir a estabilidade institucional. “Precisamos ganhar maioria no Senado, senão esses caras vão avacalhar a Suprema Corte. Não é porque a Suprema Corte é uma maçã doce. Não. É porque precisamos preservar as instituições que garantem o exercício da democracia nesse país”, afirmou.
O presidente reiterou seu compromisso com a soberania nacional e criticou interferências externas. “Ninguém se mete nas coisas do Brasil e nós não nos metemos nas coisas dos outros. Ninguém venha meter a mão e dar palpite aqui”, concluiu.
