BNDES e Finep aprovam 56 projetos em R$ 45,8 bi para minerais estratégicos
Chamada pública reúne propostas para lítio, terras‑raras, grafite e cobre; foco em baterias, energia limpa e economia de baixo carbono.
O BNDES e a Finep divulgaram nesta quinta‑feira (12 de junho de 2025) os 56 planos de negócios selecionados na chamada pública para transformação de minerais estratégicos, totalizando investimentos de R$ 45,8 bilhões. Desse valor, cerca de R$ 5 bilhões serão destinados a financiamentos, com recursos mistos de crédito, subvenções e aportes não reembolsáveis.

🚀 Detalhes da chamada
- Foram recebidas 124 propostas até 30 de abril, com demanda total de R$ 85,2 bilhões.
- Agora, os projetos avançam para a fase de elaboração do Plano de Suporte Conjunto (PSC).
- Os fundos do BNDES e Finep serão combinados com outras fontes — como Fundo Clima e financiamento internacional — para ampliar o apoio.
Minérios contemplados
- 10 projetos de terras‑raras
- 8 de lítio
- 6 de grafite
- 4 de cobre
- 4 de silício
- Projetos também envolvem níquel, titânio e minerais do grupo da platina.
Esses materiais são essenciais para baterias, motores elétricos, painéis solares, eletroeletrônicos e outras tecnologias-chave na transição para uma economia de baixo carbono.
Distribuição regional
- O Nordeste lidera em volume financeiro, com 41 % dos recursos (13 projetos), representando 56 % dos investimentos da região Norte‑Nordeste.
- Minas Gerais concentra o maior número de projetos (20), com 35 % dos recursos, seguido da Bahia, com 9 projetos e 25% dos investimentos.
- No Piauí, destaque para o maior projeto regional, com R$ 6,9 bilhões, equivalente a 15 % do total.
Objetivos e impactos
Segundo Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, a iniciativa visa posicionar o Brasil como protagonista global na economia limpa, promovendo autonomia tecnológica e sustentabilidade ambiental. O diretor do BNDES, José Luís Gordon, reforça que a seleção incorpora as diretrizes do programa Nova Indústria Brasil, com foco em inovação, geração de empregos e desenvolvimento sustentável. Complementa o presidente da Finep, Elias Ramos, apontando que o apoio fortalece a soberania tecnológica nacional.