Brasil registra aumento de 150% nos casos de picadas de escorpião, aponta estudo
Levantamento revela crescimento alarmante das ocorrências em comparação aos últimos cinco anos; especialistas alertam para riscos à saúde e prevenção
Um estudo recente revelou um aumento de 150% nos casos de picadas de escorpião em todo o Brasil, em comparação com os dados dos últimos cinco anos. A pesquisa, conduzida por instituições de saúde e vigilância epidemiológica, destaca um cenário preocupante, especialmente nas regiões Sudeste e Nordeste, onde o clima quente e úmido favorece a proliferação desses aracnídeos.

De acordo com o levantamento, os acidentes envolvendo escorpiões passaram de aproximadamente 80 mil registros anuais para mais de 200 mil em 2024. Especialistas atribuem o crescimento a fatores como o desmatamento, a urbanização desordenada e a falta de controle efetivo de pragas em áreas urbanas e rurais.
Impacto na saúde pública
As picadas de escorpião podem causar sintomas graves, especialmente em crianças e idosos, incluindo dores intensas, dificuldades respiratórias, náuseas e, em casos mais severos, risco de óbito. O aumento dos casos tem pressionado o sistema de saúde, exigindo maior disponibilidade de soro antiescorpiônico e campanhas de conscientização.
“O escorpião adaptou-se muito bem aos ambientes urbanos, escondendo-se em entulhos, esgotos e terrenos baldios. A falta de políticas públicas para controle da infestação agrava a situação”, explica a bióloga Ana Paula Souza, especialista em controle de pragas urbanas.
Medidas de prevenção
Para evitar acidentes, autoridades de saúde recomendam cuidados simples, como manter quintais limpos, vedar frestas em paredes e pisos, além de utilizar calçados e luvas ao manusear materiais de construção ou entulho.
O estudo também ressalta a importância da educação da população sobre os riscos e da intensificação das ações de combate, como a captura e manejo seguro desses animais.
Cenário futuro
A expectativa é de que, sem intervenções eficazes, os casos continuem aumentando nos próximos anos. Governos locais têm sido instados a implementar planos emergenciais para conter a proliferação e melhorar a assistência às vítimas.